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É importante ressaltar que a atitude fundamental de maior ou menor proatividade pessoal não é inata, pode ser aprendida e modificada por cada um. As atitudes não são definitivas. Uns migram de uma atitude mais passiva para outra mais dinâmica, quando acham sentido novo no que fazem. Outros podem cansar-se de ser pró-ativos incompreendidos e se acomodam no convencional.
A mudança pode ser induzida, provocada, preparada. Quando há uma insistência institucional maior, quando os gestores mantêm por muito tempo a atenção focada na mudança ela acontece mais facilmente. Quando surge num ímpeto temporário, sem o acompanhamento permanente, costuma provocar uma acomodação dos que não estão motivados. Preferem voltar ao conforto do habitual. Em organizações fragmentadas em grupos, nichos, onde não há diretrizes e modelos de gestão convergentes, as mudanças são muito mais difíceis, porque dependem do voluntarismo pessoal e grupal e não da gestão profissional convergente.
Para a mudança da mentalidade acomodada de muitos gestores e educadores, o mais importante é criar condições de trabalho, econômicas e de formação para que os melhores alunos encontrem motivos para serem professores e ter um processo de seleção que realmente escolha os melhores candidatos.
Vale a pena que, além de profissionalizar a gestão institucional, mostrar na gestão pessoal que sendo pró-ativos conseguimos maior realização e ganhos profissionais em reconhecimento e econômicos. Os proativos são mais requisitados, porque trazem mais benefícios para a instituição, se souberem também trabalhar em equipe. Muitos pensam que fazendo o previsível, já é suficiente e é o melhor na relação custo-benefício. Há pouco incentivo para mostrar que a mudança, que a atitude positiva, proativa traz uma realização muito maior, principalmente a longo prazo. É importante fazer uma divulgação maior dos empreendedores, dos inovadores, dos proativos, dos que trazem contribuições significativas para a instituição, para os alunos e também para si mesmos.
Proporcionar uma educação de qualidade, que garanta o sucesso de nossos estudantes através da excelência do ensino, da aprendizagem e do desenvolvimento de valores éticos de honestidade, respeito, integridade moral e física.
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Alunos da turma da 7ª série vespertino, atuando na área de Jornalismo, na aula da Professora Telma Kruschewsky - Língua Portuguesa
Tema: A violência
Jornalista = Leticia Tavares
Acusada = Lara
Mãe da acusada = Jamile
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
EDUCAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL
REFLEXÃO
SOBRE: EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA UM PROBLEMA NACIONAL
A Educação Pública do Brasil
a décadas enfrenta problemas diversos que apesar dos índices crescentes do
IDEB, nós educadores que estamos na linha de frente deste sistema educacional
sabemos que não condiz com a realidade. Percebemos que os nossos alunos ao sair
dos ciclos iniciais ainda não estão preparados para as várias disciplinas das
séries finais do Ensino Fundamental.
Sabemos que muitos desses
alunos ditos “alfabetizados” são analfabetos funcionais, pois decodificam as
letras e leem textos de diversas tipologias e as identificam, mas não possuem
autonomia para interpretar, criticar e ter sua opinião sobre estes textos. Se o
objetivo da educação é formar cidadãos pensantes e atuantes, estamos
fracassando. Porém, quando falamos de letramento, na perspectiva verbal,
podemos dizer que uma parcela maior consegue exteriorizar opiniões e ter
atitudes.
Chegando mais perto do
contexto e dentro da instância que atuamos, que é a Municipal, podemos perceber
que a décadas de conjecturas ainda estamos tentando caminhar, devido as
mudanças e inovações do sistema, que foram mal interpretadas e desorganizadas. Antes o ensino público do município de Ilhéus
era seriado, tínhamos como todos no Brasil, o Fundamental I (Primário) de
primeira a quarta série e o Fundamental II (ginásio) de quinta a oitava série,
depois este aluno passava para a Rede Estadual de Ensino onde terminava o
Ensino Básico.
Estreitando mais ainda o nosso foco,
analisamos o Fundamental I, percebendo que o sistema seriado excluía alunos que
não tivessem acompanhassem o tradicional método de ensino, este aluno repetia muitas
vezes as mesmas séries, a maioria desistia
ou continuava dentro de uma defasagem idade série gritante nas escolas,
causando problemas de interação devido a diferença de idade dentro da sala de
aula convergindo para a diferença de interesses nos assuntos aplicados.
Ainda no sistema seriado
chegou o construtivismo com a interpretação errônea do "laissezfaire,
laissezaller, laissezpasser", ( deixe fazer, deixe passar, deixai ir). Mudando
radicalmente a maneira como era aplicado o ensino, deixou de ser metodista e
começou a ser embasada em uma teoria. Priorizamos a construção do saber. O ensino
agora teria que ser Global (partindo do todo para as partes), não poderia de
forma alguma alfabetizar com método sintético (das partes para o todo),
empreenderíamos esforços para construir o saber sendo mediadores. Esses alunos
além de alfabetizados deveriam apreender saber dentro das diversas tipologias
textuais existentes. Esta mudança radical não foi aceita com facilidade entre
os professores da época, as escolas não possuíam estrutura nem materiais
didáticos condizentes com aquela inovação. E as mudanças continuavam chegando.
Em 1997 nasceram os PCNs,
organizando as disciplinas em Eixos Temáticos e trazendo com essa nova
estrutura os Temas Transversais que deveriam ser aplicados juntamente com as
disciplinas curriculares. Esta evolução demorou de chegar aos municípios e
principalmente distritos.
Minimizando mais ainda a nossa área de
reflexão, sabemos que as disciplinas básicas ficaram bem organizadas para que
fosse efetivado o ensino: Português ( leitura, escrita, produção); Matemática (números
e operações, grandezas e medidas, tratamento da informação e espaço e forma).
Deveríamos trabalhar a partir daquele momento com todas essas inovações, e o que
aconteceu é que este novo momento foi interpretado de diversas formas, aplicado
nas diversas instâncias e explorado de diversas maneiras. Um verdadeiro laboratório de experiências com os alunos da rede pública
e ensino. Enquanto, o sistema particular, continuava o seu ritmo
tradicional e metodista, implementando com estrutura as novas ideias. Contanto
que não afetasse o aprendiz que deveria sair das escolas em condições de
enfrentar o mundo, trabalhar e passar em concursos.
O Construtivismo de Piaget
evoluiu para sócio-construtivista, depois sócio-interacionismo dentro das
teorias de Lev Vygotsky e outros, assim
com as idéias freirianas foram disseminadas e bem aceitas. Inovações
continuavam e nós procurávamos melhorar nosso trabalho dentro do que estava
determinado com os materiais e estruturas precárias que sempre tivemos. A
ansiedade e o desespero de acharmos um caminho para a alfabetização, batia a
nossa porta e tirava o nosso sono.
Em 2009, o ensino fundamental aumentou um ano
e passou a ser de nove anos, muitas escolas brasileiras começaram a adotar os
CICLOS. Sabendo que o CICLO indicava a alfabetização no processo de ensino das
séries iniciais, ou seja, aqui neste município, hoje organizado em Ilhéus
assim: CICLO I ( 1º, 2º, 3º ano); CICLO II ( 4º e 5º ano). Dando margem a este
aluno ser alfabetizado em três anos sem ser retido, se ele conseguisse
assimilar os saberes necessários tendo competência e habilidades para seguir,
iria para o CICLO II. Melhorou a questão da defasagem idade série, deu ao
governo três anos de avanço no IDEB, mas as condições sócio-estruturais dentro
e fora das escolas continuavam e por diversos motivos, nem sempre este aluno
alcançava a aprendizagem necessária. Devemos lembrar que neste contexto já
havia a política de inclusão social, um fator a ser detalhadamente refletido em
outro momento, observando a práticas nas escolas, pois as teorias não ponderam
com a prática, dentro da estrutura oferecida pelo ensino público, dentro do
momento político em que o Brasil se encontra, sem o apoio das políticas
públicas e a capacitação de professores (as)
direcionados a este contexto. Realidade!
Podemos
concluir o nosso texto interpretando a LDB:
LDB – Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
Dos Princípios e Fins da Educação Nacional
Art. 2º. A educação, dever da família e do Estado, inspirada
nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por
finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Sabemos que hoje a educação
está abrangendo toda a responsabilidade por estes seres humanos, o governo
oferece creches, escolas com boa merenda, educação integral, bolsa família,
apesar da falta de estrutura nas escolas, devido o desvio de verba e a má
administração dos gestores públicos municipais, principalmente o poder
executivo e legislativo, juntamente com a lentidão judicial deste país.
Art. 3º. O ensino será ministrado com base nos seguintes
princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a
cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
A igualdade de condições é
utopia, cada município tem um gestor, cada gestor tem um forma de pensar e as
outras instancias também perpassam por vontade dos gestores de maneira
hierarquizada.
A liberdade de aprender e
pesquisar, prioridade na formação do humano, depende das condições do aluno
como ser psico-físico-social dentro do contexto em que está inserido e conforme suas
condições econômicas. A liberdade de ensinar fica determinada pelo
PPP Municipal, PPP Escolar, sabendo que linha devemos seguir.
A abrangência de ensinar com liberdade existe nos países desenvolvidos, onde já
na faculdade um professor precisa saber vários métodos para conseguir
alfabetizar o aluno, partindo da premissa que somos seres singulares,
reflexivos e inteligentes, aprendendo de diferentes maneiras na subjetividade
da vida. Esta reflexão acima responde ao direito do pluralismo de ideias e
condições pedagógicas que exerço neste momento com este texto reflexivo.
Concluindo, continuamos em
busca de uma melhor educação para os “brasileiros
e brasileiras”. As políticas públicas estão avançando e temos agora o Pacto
Pela Educação Nacional, a alfabetização deverá ser prioridade e acontecer no
primeiro ano de ensino, este projeto está capacitando professoras (es) das
Redes Municipais de Ensino e sistematizando a alfabetização, dando maior apoio
e um norte para o sistema de ensino na parte
pedagógica que se esfacelou a décadas.
Escrito por: Professora Maria Amélia Cagy de Carvalho, graduada em Pedagogia e Historia, Cordenadora Pedagogica na E.M. Giselia Soares - Ilhéus - BA
Postado Por: Rosana
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Leitura do dia
Por que as mudanças são tão lentas na educação?
Especialista em mudanças na educação presencial e a distância
Por que numa época de grandes
mudanças sociais, elas acontecem de forma tão lenta na educação? Por
que profissionais inteligentes se acomodam em rotinas, em modelos
repetitivos, que muitas vezes causam pouca realização pessoal,
profissional e econômica? Sem dúvida a educação depende de melhores
condições de formação, remuneração e valorização profissional. Mas
quando observamos instituições educacionais públicas e privadas de
renome e que possuem relativamente boas condições de trabalho, ainda
assim os resultados são muito inferiores ao desejável. Por que
profissionais educacionais bem preparados demoram para executar
mudanças pedagógicas e gerenciais necessárias?
Mudanças dependem de uma boa gestão
institucional com diretrizes claras e poder de implementação, tendo os
melhores profissionais, bem remunerados e formados (realidade ainda
muito distante). Mas um dos caminhos que pode esclarecer algumas
dificuldades da mudança pessoal é que as pessoas têm atitudes diferentes
diante do mundo, da profissão, da vida. Em todos os campos encontramos
profissionais com maior ou menor iniciativa, mais ou menos motivados,
mais convencionais ou proativos. Nas instituições educacionais –
organizações cada vez mais complexas - convivem gestores e professores
com perfis pessoais e profissionais bem diferentes.
Numa primeira análise, constatamos
que existem, basicamente, dois perfis profissionais (com diferentes
variáveis e justificativas): os automotivados e os que precisam de
motivações mais externas. Os automotivados são mais ativos, procuram
saídas, não se detêm diante dos obstáculos que aparecem e por isso
costumam realizar mais avanços a longo prazo. Os motivados externos são
mais dependentes, precisam ser mais monitorados, orientados, dirigidos.
Sem essa motivação externa perdem o ímpeto, quando aparecem
dificuldades, ou quando o controle diminui. Os automotivados pesquisam
e, com poucos recursos ou condições, constroem novos projetos. Os
dependentes, nas mesmas ou melhores condições, preferem executar
tarefas, obedecer ordens, realizar o que outros determinam. Os
dependentes querem receitas, os automotivados procuram soluções. Por
que uns são mais motivados do que outros? Uma das explicações, na minha
opinião, é que os motivados procuram ou encontram um sentido mais
profundo no que fazem na vida do que os dependentes, que encaram a
educação mais como profissão e sobrevivência econômica, sem outros
ideais que os orientem.
Nas mesmas instituições educacionais e
nas mesmas condições, gestores, professores, funcionários mostram
posturas e perfis diferentes. Encontramos basicamente quatro tipos de
profissionais:
1. Profissionais previsíveis
São gestores e professores que
aprendem modelos e tendem a repeti-los permanentemente. Gostam da
segurança, do conforto da repetição. Dependem de motivações externas.
Fazem pequenas alterações, quando pressionados, mas, se a pressão da
autoridade diminui, o comportamento tradicional se restabelece.
Encontramos profissionais previsíveis competentes, que realizam um trabalho exemplar, sério, dedicado. E encontramos também previsíveis pouco competentes, pouco preparados, que copiam modelos, receitas sem muita criatividade.
Encontramos profissionais previsíveis competentes, que realizam um trabalho exemplar, sério, dedicado. E encontramos também previsíveis pouco competentes, pouco preparados, que copiam modelos, receitas sem muita criatividade.
2. Profissionais proativos, automotivados
São gestores e professores que buscam
sempre soluções, alternativas, novas técnicas, metodologias. Procuram,
em condições menos favoráveis, fazer mudanças (se motivam para
continuar aprendendo). Diante de novas propostas ou idéias, fazem
pesquisa, e procuram implementá-las e avaliá-las.
Temos duas categorias de proativos:
Uns são dinâmicos, ágeis e implementam soluções previsíveis,
conhecidas, aprendidas em palestras ou cursos de formação. Outros são
proativos inovadores: Trazem propostas diferenciadas, ainda não
tentadas antes. Ambos são importantes para fazer avançar a educação,
mas é dos inovadores neste momento que precisamos mais.
3. Profissionais acomodados
São professores e gestores que
procuram a educação porque – na visão deles - é uma profissão pouco
exigente e muito segura. Não se ganha muito, mas permite ser levada
como “um bico”, sem muito compromisso. São profissionais burocráticos,
que fazem o mínimo para se manter; questionam os motivados, os jovens
idealistas; culpam o governo, a estrutura, os alunos pelos problemas.
Muitas vezes ocupam cargos importantes e os utilizam em proveito
próprio ou de grupos específicos, que os apóiam ou elegem. São um peso
desagregador e imobilizador nas escolas, que torna muito mais difícil
realizar mudanças.
4. Profissionais com dificuldades maiores
Alguns tem dificuldades momentâneas
ou conjunturais. Passam por uma crise pessoal ou familiar, ou alguma
doença que dificulta o seu desempenho profissional. Com o tempo se
recuperam e retomam o ritmo anterior. Mas também há profissionais que
possuem dificuldades mais profundas. Pode ser de relacionamento - são
difíceis, complicados, não sabem trabalhar em grupo – de esquizofrenia,
de autocentramento – se acham os donos do mundo – e tantas outras. São
pessoas difíceis, que complicam muito o andamento institucional, a
relação pedagógica e a gestão escolar.
Nas instituições convivem estes
quatro tipos de profissionais, que contribuem de forma diferente para os
avanços necessários na educação:
- Os previsíveis, mesmo vendo os problemas, preferem continuar com sua rotina confortável e só mudam com uma pressão continuada externa.
- Os proativos estão prontos para fazer mudanças, mesmo antes de serem solicitadas institucionalmente e procuram implementá-las em pequena escala, quando não há ainda uma política institucional que favoreça as mudanças.
- Os acomodados são os que mais criticam o estado das coisas, os que culpam os demais pelos problemas – governo, direção, alunos mal preparados, condições de trabalho, salários baixos – e utilizam esses questionamentos que fazem sentido para justificar sua não ação, sua pouca preocupação com as mudanças efetivas. Criticam muito, realizam pouco e atrapalham os proativos, muitas vezes com críticas corrosivas e pessimistas (“já vimos esse filme antes e não deu em nada”, “isso é fogo de palha, idealismo de jovens...”).
- Os que têm dificuldades maiores são também um peso na mudança, porque ou estão em um período complicado e pouco podem contribuir ou possuem personalidades difíceis, ariscas, autoritárias, que tornam complexa a convivência, quanto mais a mudança.
- Os previsíveis, mesmo vendo os problemas, preferem continuar com sua rotina confortável e só mudam com uma pressão continuada externa.
- Os proativos estão prontos para fazer mudanças, mesmo antes de serem solicitadas institucionalmente e procuram implementá-las em pequena escala, quando não há ainda uma política institucional que favoreça as mudanças.
- Os acomodados são os que mais criticam o estado das coisas, os que culpam os demais pelos problemas – governo, direção, alunos mal preparados, condições de trabalho, salários baixos – e utilizam esses questionamentos que fazem sentido para justificar sua não ação, sua pouca preocupação com as mudanças efetivas. Criticam muito, realizam pouco e atrapalham os proativos, muitas vezes com críticas corrosivas e pessimistas (“já vimos esse filme antes e não deu em nada”, “isso é fogo de palha, idealismo de jovens...”).
- Os que têm dificuldades maiores são também um peso na mudança, porque ou estão em um período complicado e pouco podem contribuir ou possuem personalidades difíceis, ariscas, autoritárias, que tornam complexa a convivência, quanto mais a mudança.
A gestão das mudanças
É importante ressaltar que a atitude fundamental de maior ou menor proatividade pessoal não é inata, pode ser aprendida e modificada por cada um. As atitudes não são definitivas. Uns migram de uma atitude mais passiva para outra mais dinâmica, quando acham sentido novo no que fazem. Outros podem cansar-se de ser pró-ativos incompreendidos e se acomodam no convencional.
A mudança pode ser induzida, provocada, preparada. Quando há uma insistência institucional maior, quando os gestores mantêm por muito tempo a atenção focada na mudança ela acontece mais facilmente. Quando surge num ímpeto temporário, sem o acompanhamento permanente, costuma provocar uma acomodação dos que não estão motivados. Preferem voltar ao conforto do habitual. Em organizações fragmentadas em grupos, nichos, onde não há diretrizes e modelos de gestão convergentes, as mudanças são muito mais difíceis, porque dependem do voluntarismo pessoal e grupal e não da gestão profissional convergente.
Para a mudança da mentalidade acomodada de muitos gestores e educadores, o mais importante é criar condições de trabalho, econômicas e de formação para que os melhores alunos encontrem motivos para serem professores e ter um processo de seleção que realmente escolha os melhores candidatos.
Vale a pena que, além de profissionalizar a gestão institucional, mostrar na gestão pessoal que sendo pró-ativos conseguimos maior realização e ganhos profissionais em reconhecimento e econômicos. Os proativos são mais requisitados, porque trazem mais benefícios para a instituição, se souberem também trabalhar em equipe. Muitos pensam que fazendo o previsível, já é suficiente e é o melhor na relação custo-benefício. Há pouco incentivo para mostrar que a mudança, que a atitude positiva, proativa traz uma realização muito maior, principalmente a longo prazo. É importante fazer uma divulgação maior dos empreendedores, dos inovadores, dos proativos, dos que trazem contribuições significativas para a instituição, para os alunos e também para si mesmos.
Propostas de mudança num período de transição
Na educação costumamos apresentar
propostas pedagógicas fechadas ou iguais para todos. Diante da
diversidade de posturas profissionais e motivações diferentes dos
profissionais, penso que seria interessante apresentar propostas
pedagógicas com alguma flexibilidade:
- para os mais previsíveis e motivados externamente, funciona mais criar conteúdos,roteiros detalhados de aprendizagem, atividades, avaliação (passo a passo). Precisam de materiais, livros, orientações específicas.
- para os automotivados e proativos é mais importante mostrar possíveis caminhos, roteiros de aprendizagem diferenciados. O importante não é o conteúdo pronto, mas as dinâmicas, as atividades, as possibilidades de pesquisa, a criação de condições de aprendizagem (motivar, orientar...), a relação teoria-prática, os projetos.
- para os mais previsíveis e motivados externamente, funciona mais criar conteúdos,roteiros detalhados de aprendizagem, atividades, avaliação (passo a passo). Precisam de materiais, livros, orientações específicas.
- para os automotivados e proativos é mais importante mostrar possíveis caminhos, roteiros de aprendizagem diferenciados. O importante não é o conteúdo pronto, mas as dinâmicas, as atividades, as possibilidades de pesquisa, a criação de condições de aprendizagem (motivar, orientar...), a relação teoria-prática, os projetos.
Na educação precisamos da
flexibilidade criativa dos pró-ativos e da previsibilidade também,
porque a maioria prefere o que é o previsível ao inovador. Os
automotivados e pró-ativos gostam de menos detalhamento. Inventam mais
os próprios caminhos, desenvolvem seus projetos. Como temos atualmente
mais profissionais motivados externamente do que proativos precisamos
de estratégias diferenciadas para poder conseguir fazer mudanças mais
significativas e profundas.
As Secretarias de Educação podem
preparar materiais detalhados de como ensinar cada conteúdo específico
para a maioria dos docentes, porque eles se sentem mais confortáveis e
seguros com eles. Esses professores não exploram muito por conta
própria os roteiros de aprendizagem. Daí o sucesso das empresas que
fornecem pacotes com livros e materiais multimídia prontos, iguais para
todos. Ao mesmo tempo precisam sinalizar, apoiar e incentivar mudanças
profundas na organização pesada atual, apoiando inovações no
currículo, nas metodologias, na organização de ensino e aprendizagem, na
inserção de tecnologias em rede, na formação continuada, apoiando
gestores, professores e escolas que apresentem projetos pedagógicos
viáveis neste período de transição para outros diferentes em
construção, e que serão realizados certamente pelos mais automotivados
inovadores. As mudanças na educação são lentas e difíceis, mas precisam
ser aceleradas porque o que temos feito até agora é estruturalmente
insuficiente para acompanhar o ritmo alucinante experimentado pela
sociedade como um todo.
Texto complementar ao meu livro A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. 4ª ed. Campinas: Papirus, 2009.
Fonte: http://www.eca.usp.br/prof/moran/escola.htm
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Escola Estadual da Proa
* Nossa Missão *
Proporcionar uma educação de qualidade, que garanta o sucesso de nossos estudantes através da excelência do ensino, da aprendizagem e do desenvolvimento de valores éticos de honestidade, respeito, integridade moral e física.
Acabamos de concluir mais um ano, alguns entristeceram -se outros pularam de felicidade e é assim que a vida é. Alguns alunos fizeram da escola um parque de diversões e outros fizeram de um lugar de aprendizado e de relações extremas. Professores que se aposentaram para gozar de seu merecedissimo descanso e outros que estão apenas começando essa brilhante e árdua carreira. Boa Sorte aos que saíram e aos que estão chegando.
Com a graça de Deus, esperamos que o ano de 2013 seja cheio de mudanças, aprendizagens e ótimo relacionamento na nossa comunidade.